O lançamento do chatGPT-3 pela OpenAI, no final de 2022, criou um
alvoroço entre profissionais de várias áreas, como jornalistas,
artistas, advogados, médicos, engenheiros e até programadores e
cientistas dos dados. Muitos professores também têm se perguntado se o
trabalho docente corre o risco de desaparecer. Até então, parecia que
a inteligência artificial (IA) não seria capaz (ao menos tão cedo) de
substituir o trabalho humano criativo. O chatGPT está abalando essa
confiança.
Queiramos ou não, a inteligência artificial e o acesso a diversos
conteúdos digitais pela Internet têm influenciado, de maneira profunda, a forma como aprendemos e interagimos com o conhecimento. Nesse novo contexto, é
possível supor que a IA também poderá substituir o papel dos professores
em sala? Enquanto algumas vozes já defendem banir o chatGPT e produtos
similares das escolas e universidades, outros advogam que o futuro chegou
e defendem uma escola sem professores.
Muitos profissionais, não só da área de ensino, na verdade, ainda não
têm muita clareza sobre o que é e qual o potencial desses novos recursos
de inteligência artificial disponíveis ao público. Por isso, esse
debate, apesar de um certo ar de ficção científica, acaba girando em
torno da velha oposição entre ludismo e tecnocentrismo.